ATA DA TRIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA SEXTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 16.08.1988.
Aos dezesseis dias do mês de agosto do ano de mil
novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Sétima Sessão
Solene da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada à
entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao ex-Deputado Moab
Caldas, concedido através do Projeto de Lei do Legislativo n° 111/87 (proc. nº
2446/87). Às dezessete horas e vinte e seis minutos, constatada a existência de
"quorum", o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou
os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades
presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Luiz Braz, 2° Vice-Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre, exercendo a Presidência dos trabalhos; Dr. Geraldo
Gama, Secretário do Governo Municipal, representando, neste ato, o Dr. Alceu
Collares, Prefeito Municipal; Dr. Pedro Manoel Ramos, representando, neste ato,
o Dr. Luiz Carlos Costa, Grão-Mestre da Grande Loja do Rio Grande do Sul; Gen.
João Francisco Sattamini; Com. Natal Válmi Venturela; Cap. Olmenir Marques de
Andrade; Dr. Waldemar Vargas Coelho, Vice-Presidente do Hospital Espírita;
ex-Dep. Moab Caldas, Homenageado; Srª. Neli Caldas, Esposa do Homenageado; Ver.
Cleom Guatimozim, proponente da Sessão e, na ocasião, Secretário "ad
hoc". A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que
falariam em nome da Casa. O Ver. Cleom Guatimozim, em nome das Bancadas do PDT,
PDS, PL e PCB, discorreu sobre a importância do título de Cidadão de Porto
Alegre, dizendo que o mesmo é conferido aos que muito fizeram por nossa
sociedade. Comentou a orientação espiritual e o exemplo de vida sempre
entregues pelo Homenageado, salientando a justeza do título hoje conferido pela
Casa. E o Ver. Frederico Barbosa, em nome da Bancada do PFL, congratulou-se com
o Ver. Cleom Guatimozim pela proposição da presente Sessão Solene, falando da
unanimidade com que a mesma foi acolhida pelos Vereadores da Casa, em face do
significado do Sr. Moab Caldas para nossa comunidade. A seguir, o Sr.
Presidente convidou o Dr. Geraldo Gama e o Ver. Cleom Guatimozim a procederem a
entrega, respectivamente, do Título e da Medalha de Cidadão de Porto Alegre ao
Sr. Moab Caldas e concedeu a palavra ao Homenageado, que agradeceu o título
recebido. Em prosseguimento, o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à
solenidade, convidou as autoridades e personalidades presentes a passarem à
Sala da Presidência e, nada mais havendo a tratar, levantou os trabalhos às
dezoito horas e vinte e cinco minutos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária de amanha, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelo Ver. Luiz Braz e secretariados pelo Ver. Cleom Guatimozim, Secretário
"ad hoc". Do que eu, Cleom Guatimozim, Secretário "ad hoc",
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada
pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.
O SR. PRESIDENTE: Damos por abertos os trabalhos da presente Sessão
Solene.
Queremos
cumprimentar a todos que se encontram presentes nesta tarde tão festiva e dizer
que todos nos sentimos muito felizes em poder dar este título tão merecido a
esta figura tão destacada da sociedade do Rio Grande do Sul, que é Moab Caldas.
Vamos
convidar, para compor a Mesa Diretora dos trabalhos nesta tarde, o Dr. Geraldo
Gama, Secretário do Governo Municipal, representando, neste ato, o Dr. Alceu
Collares, Prefeito Municipal; ex-Dep. Moab Caldas, Homenageado; Sr.ª Neli
Caldas, esposa do Homenageado; Dr. Pedro Manoel Ramos, representando, neste
ato, o Dr. Luiz Carlos Costa, Grão-Mestre da Grande Loja do RGS; Gal. João
Francisco Sattamini; Comandante Natal Valmi Venturela; Capitão Olmenir Marques
de Andrade; Sr. Waldemar Vargas Coelho, Vice-Presidente do Hospital Espírita.
Com a Mesa
composta, vamos dar início às homenagens no dia de hoje, informando que este
Plenário estará hoje representado pelas Bancadas do PDT, do PDS, do PL, do PCB,
do PMDB, do PFL, Bancadas que estarão falando em homenagem ao nosso amigo
ex-Dep. Moab Caldas.
Concedemos
a palavra ao Ver. Cleom Guatimozim, autor da proposição, e que falará em nome
das Bancadas do PDT, PDS, PL e PCB.
O SR. CLEOM GUATIMOZIM: (Menciona os componentes da Mesa.) Sra. Neli
Caldas, esposa do Homenageado; Ver. Nereu D’Avila e Ver. Wilton Araújo.
Inicialmente, devo dizer que combinamos, eu e o Ver. Frederico Barbosa, que vai
ocupar a tribuna em nome do PFL, combinamos que seríamos breves na tribuna para
dar oportunidade que o Homenageado, aquele que é o astro merecido deste ato,
pudesse se manifestar.
Gostaria de dizer que
considero o título de Cidadão de Porto Alegre de grande importância e de grande
responsabilidade. A prova disto é que, em mais de um quarto de século que ocupo
o cargo de Vereador nesta Casa, há quase 26 anos, esta é a 2ª vez que apresento
um projeto dando o título de Cidadão de Porto Alegre a alguém, porque sempre
entendi que a responsabilidade que temos aqui nesta Casa, de representar o povo
e oferecer a alguém em nome do povo, o título, há uma necessidade de grande
importância: que a pessoa mereça este título. Por isso, sempre tive o máximo
cuidado. Este é o segundo título que apresento.
Entendo que é indeclinável o dever de honrar aqueles que, pelos seus atos e
suas atitudes, se tornaram merecedores da estima de seus semelhantes, da
admiração da população de um Estado, de uma Cidade ou de um País. Moab
Cladas é um exemplo vivo, um homem que veio de longe, que veio da zona do
norte, como nós aqui costumamos chamar todos os que moram do Rio de Janeiro
para cima. Veio aqui, ganhou a estima, a admiração dos porto-alegrenses, do
nosso Estado, é conhecido no País todo e no exterior e admirado. Tem um crédito nesta Cidade. A Câmara Municipal de
Porto Alegre, por unanimidade, conferiu-lhe o Título, do qual nós somos apenas
proponente.
Gostaria de dizer ao nosso
homenageado que recebi um telefonema do Ver. Jorge Goularte, Líder do PL, que
está acamado, não podendo comparecer, pediu que nós falássemos em nome dele e
que a sua ausência é por motivo de doença.
Nós entendemos que este Título
deve ser conferido àqueles que tudo fizeram pela sociedade. O caso do nosso
Homenageado, Moab Caldas, ele é um membro de destaque da nossa sociedade, com
grande responsabilidade dos seus atos, a orientação pública dos seus atos
privados, que é uma grande responsabilidade, e a orientação espiritual que ele
sempre deu verbalmente e através de escritos nas próprias colunas dos jornais.
Há bem pouco tempo, eu lia, de autoria do Moab Caldas, o "Axé da
Abolição". Uma maravilha de artigo, publicado pelo Jornal Zero Hora.
Esta homenagem vai servir para
testemunhar a gratidão do povo de Porto Alegre para com um homem que veio das
zonas do norte para cá e nos roubou a estima, a amizade, e, quantos de nós, o
coração está com ele.
Homens como Moab Caldas são
como marcos à beira de uma estrada, à estrada da vida, que permanecem como
valores da sociedade, desafiando o tempo e os preconceitos. Entendemos que
honrar estes exemplos é uma obrigação nossa e temos a obrigação de imitá-los,
até mesmo como um dever. A sociedade reconhece que o cidadão, que convive no
seu seio, se destaca, que não brilha apenas por fora, como uma casca, como
ocorre em muitos casos, mas que dá de si. Recebeu também, em outras
oportunidades, já o nosso carinho, quando o povo desta terra o elegeu Deputado.
Injustamente cassado, violentamente cassado, o mandato aquele que o povo lhe
conferiu. Mas a cassação do mandato do Deputado Moab Caldas não lhe tirou o
estímulo. Ele continuou sendo o Moab Caldas, aquele que aprendemos a admirar
como Deputado e que continuou praticando os mesmos atos: lutando pelos mesmos
ideais e isso que o caracteriza e o habilita para aquilo que a Câmara
Municipal, votando por unanimidade, faz hoje, o reconhece como um cidadão desta
terra. É um carinho! É um carinho! Dizia um Vereador nesta Casa que esta terra,
o Rio Grande, é uma terra santa. E eu acredito que é uma terra santa, Moab, que
te recebeu de braços abertos e que prova agora com as pessoas que aqui estão.
Nesta terra, Moab, até a semente que se atira ao acaso, ela germina, dá frutos,
ela cresce, os seus galhos passam a abanar ao vento, até formando aquele coro
que apóia o canto do vento minuano nesta terra. Aquele vento minuano que sopra
nas coxilhas, na porta do galpão do gaúcho que chimarreia, na janela da chinoca
bonita, Moab, que dorme em bata de renda, num colchão de palha. Canta, como se
fosse um novo Romeu, canções maravilhosas que o gaúcho colocou no seu
cancioneiro e que canta do norte ao sul deste País. É o carinho desta terra
santa que te recebe e que te presta esta homenagem. Existem lugares, até não
muito longe, onde não há isso. Existem lugares, onde a água invade a terra,
destrói a civilização, onde o sol derrama o prazer de suas fornalhas na terra,
tornando estéril e não dando oportunidade a que o homem possa sequer viver com
carinho, quanto mais receber o seu irmão que veio de longe, com carinho, a nos
auxiliar até, como no caso do Moab Caldas, a nos orientar e que nós aqui
recebemos com carinho. Já nos primórdios desta terra, nos primórdios do Rio
Grande, quando surgiram as primeiras tropas, surgiu junto um tipo étnico
chamado gaúcho, que viajava sem cercas, a céu aberto, sendo recebido nos
galpões com carinho e com amizade - e dando, também, carinho e amizade -
enfrentando as intempéries, corajoso, irmão! Esta tradição do viajar a céu
aberto, sem cercas, é que deu ao gaúcho este espírito de liberdade que o gaúcho
tem, e que, talvez, seja até o mais apurado que há no território brasileiro. E
aquele carinho que ele dava e recebia nos galpões, quando chegava para
chimarrear, para churrasquear, e que chegaram até nós, através da tradição e
através dos nossos antepassados. E é com este carinho e com este coração do
gaúcho, que vem dos primórdios desta terra, é que nós o recebemos aqui, nesta
Casa, como Cidadão Porto-alegrense. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Frederico Barbosa, que falará em nome do PFL.
O
SR. FREDERICO BARBOSA: (Menciona os componentes da Mesa.) Prezadíssima Neli
Caldas, esposa do nosso Homenageado; prezados familiares do Moab Caldas; amigos
e amigas do nosso Homenageado. Chegando
10 minutos antes do início desta Sessão, e contando com o eventual atraso para
poder, ainda, chegar no início. Me dirigi ao Vice-Presidente desta Casa, meu
companheiro de Bancada e amigo, Ver. Artur Zanella, reivindicando uma
oportunidade muito rápida, simples, singela e objetiva de participar desta
homenagem. E o Moab sabe e eu, certamente, de coração aberto, direi o porquê
desta reivindicação. Mas, diria, meu Caro Moab, que o Ver. Cleom Guatimozim,
Líder do PDT, e homem que habita esta Casa, como disse, há 1/4 de século, foi
extremamente feliz em buscar junto à sociedade porto-alegrense, rio-grandense,
o teu nome para lançá-lo – através deste Processo que tenho em mãos, que teve
início em 22.11.87 e concluído em 14.12.87 - numa urna secreta, na Mesa deste
Plenário, ali na urna secreta, conseguir a unanimidade dos Vereadores, na
concessão de título de Cidadão de Porto Alegre, que hoje será entregue.
Foi muito feliz o Vereador Cleom Guatimozim, em fazer com que a Casa, novamente, cumpra com a sua obrigação. E tenho dito, Moab, que a Casa reúne-se diariamente para discutir os problemas, os anseios, os desejos da população porto-alegrense. E faz o possível e quem sabe o impossível, para atender na média, os desejos, os anseios e a necessidade do povo porto-alegrense. Mas, em outro capítulo do Regimento Interno desta Casa, nós temos as homenagens, os títulos e os prêmios. E num momento em que um Vereador da Casa lança o nome de alguém vinculado à Porto Alegre, ao Rio Grande e a este País, lança um nome, através de um Projeto, e consegue a unanimidade do Plenário, pela ciência que temos, como deste Projeto aprovado com teu nome, que estamos cumprindo com a obrigação, nós temos certeza de que este outro capítulo, de um lado, do debate, do discurso e da decisão para a população de Porto Alegre e, de outro, das homenagens, faz com que nós possamos sentir a realização e a complementação do mandato popular que nos foi concedido pela população de Porto Alegre. Então, meu caro Moab, a saudação singela que faço em nome da minha Bancada, do Ver. Raul Casa, do Ver. Zanella, do Ver. Aranha Filho e da Ver.ª Bernadete Vidal, é uma saudação extremamente carinhosa. Nós poderíamos folhear, da primeira à última página do Projeto que te concedeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre e, em cada linha, em cada parágrafo, poderíamos nos deter algum tempo para tirar um ou outro item que justificariam por si só esta homenagem que a Casa do Povo de Porto Alegre realiza neste momento. Porém acho que toda a titulação, desde o teu nascimento, vindo do Dr. Zanelli Caldas e de Maria Cavalcanti Caldas, desde o teu surgimento em nossa terra, vindo de Itapagé, Alagoas, e pela tua trajetória no Exército, na política, tudo, certamente, nós poderíamos reunir, se me permitem, os amigos e amigas de Moab Caldas, na figura líder que representas. Em todos os lugares por onde passaste, lideraste e, acima de tudo, nós temos absoluta certeza – e teus amigos e amigas atestam melhor do que eu – lideraste com muito amor e com muito carinho todas as causas que defendestes até agora. Certamente, irás liderar muitas outras, com este mesmo amor, com este mesmo carinho e com esta mesma fé, fé esta que nos ajuda a remover montanhas, como diz o ditado popular. Portanto, agradeço, penhoradamente, à Liderança da minha Bancada e a todos os companheiros que me acompanham, por terem permitido que eu viesse à tribuna homenagear Moab Caldas. É muito difícil um filho esquecer o momento em que um pai parte. Pois o meu, no dia 1º de maio, partiu, quando, de um lado da cama, estava Moab Caldas orando e, do outro, minha tia, irmã de caridade, que já partiu também, pois, certamente, os Senhores compreendem agora que o carinho e a amizade por Moab Caldas vem de muito longe, porque tive um pai que foi irmão dele de religião e de trabalho, porque, enquanto o Moab esteve como Deputado, o meu pai estava ao lado dele, como funcionário da Assembléia, enfim, um irmão e um amigo, e isso me obriga a vir a esta tribuna abraçar Moab Caldas e reivindicar a representação do meu partido, o PFL. Muito obrigado, meu Líder, e muito obrigado a todos os Senhores que certamente dão aquilo que esta Casa precisava, o atestado da influência, do trabalho, do carisma de Moab Caldas, hoje, muito bem colocado na galeria dos Cidadãos de Porto Alegre, graças à lembrança inteligente do Vereador Cleom Guatimozim, também meu amigo. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Pedimos ao Dr. Geraldo Gama, representante do Sr. Prefeito Municipal a fazer a entrega do título de Cidadão de Porto Alegre ao ex-Deputado Moab Caldas.
(É feita a entrega do Título.) (Palmas.)
Solicitamos ao autor da proposição, Ver. Cleom Guatimozim, que faça a entrega da Medalha em homenagem ao ex-Deputado Moab Caldas.
(O Sr. Cleom Guatimozim faz a entrega da Medalha.)
Agora o momento básico desta tarde, quando nós teremos a oportunidade de ouvir o Homenageado Moab Caldas.
Concedemos-lhe a palavra, ele que nos brindará como sempre faz, tantas vezes, com o seu palavreado bonito e com as suas idéias profundas. (Palmas.)
O SR. MOAB CALDAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, certa vez, Rui Barbosa, no Teatro Politeama, em Salvador, foi homenageado e ficou tão emocionado que não consegui concatenar as idéias, conjugar os verbos, colocar os pronomes, ele que era um mestre do idioma, a “Águia de Haia”, o famoso jurisconsulto do improviso, mas, num repente, ele assim se expressou: meus Senhores e minhas Senhoras... Depois de ouvir aqui, eu insiro o meu vocabulário e as minhas expressões, depois de ouvir a abertura feita pelo Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, pelo meu padrinho, o emérito Vereador Cleom Guatimozim, e depois de escutar as palavras do meu querido amigo de muito tempo, Ver. Frederico Barbosa, expressando o pensamento de seus Pares, depois de receber o Diploma das mãos do representante do Exmo. Sr. Prefeito Municipal, etc., fechar parênteses, não tenho palavras para começar... (Palmas.) ...mas, recebendo as vibrações de todos vós, eu espremo o coração, transformo a tinta do coração em expressão cultural e começo a falar, dizendo que este é um momento áureo da minha vida, mesmo porque o diploma ratificou, confirmou uma cidadania que é legítima pelo coração, pelo afeto e pelo amor, eu amo essa terra. Foi aqui que eu casei, aqui estão os meus filhos e modestamente a minha vida tem servido de exemplo. Aqui está a minha esposa, estão aqui meus amigos, meus irmãos que me ajudaram a levantar um pouco mais o nome do Rio Grande, especialmente na área espiritualista. Há poucos instantes, recebi um telegrama bonito de uma freira. Está presente aqui o pastor da Assembléia de Deus, veio especialmente aqui participar da solenidade, irmãos de outros credos porque um dos objetivos da nossa vida no plano emocional é aproximar as religiões, uni-las sob a mesma bandeira, a bandeira da luz.
Se hoje os países estão formando blocos,
congraçando-se, fortificando seus interesses, por que não fazermos o mesmo em
relação às religiões que todas elas pretendem chegar à divindade? Elas têm que
começar pelo interior do homem, porque não são as formas exteriores e discursos
acadêmicos bem elaborados que vão redimir as criaturas, senão a transformação
interior porque ninguém nasceu para ser infeliz e desgraçado, ninguém nasceu
mais pobre, todos nasceram com as mesmas possibilidades no campo da igualdade psíquica,
mas compete face à memória extraterrestre além da reencarnação. Cada um, de per si, vencer as suas
dificuldades, os seus obstáculos e hastear a bandeira da vitória. Quando eu
pisei no solo rio-grandense - eu fui trazido por uma família, família do Leopoldo
Pinto, cujo nome eu proclamo com muito afeto, com muito sentimento, e uma
filha, que esta presente, Dra. Helenita, aqui na minha frente. Quando desci, em
25 de fevereiro de 1939, cais do porto, antes, eu me surpreendi, porque o navio
acostou em Rio Grande e, pela primeira vez, eu vi a neve, eu vi a foligem, eu
vi o nevoeiro que me envolveu, tanto que saí do camarote, fiquei assustado,
pensando que havia fogo. Eu nunca tinha visto, na minha vida, um nevoeiro, tão
comum aqui. Quando menino, brincávamos nos areais, à beira da praia, em
Alagoas, onde nasci, Salvador, onde me criei. E, como era menino metido a
besta, eu enfrentava o mar alto, gingando a jangada de pau cozido, de pau
natural, amarrada por um caibro. Ia até bem longe da costa, onde a gente não
via mais o casario, mas era comum a gente encontrar cruzamento de vários
arco-íris, que iluminaram a minha vida, porque a minha vida não foi uma vida de
sombra, se não, de luzes. Saindo de bordo, fui conduzido para uma casa, onde
morei quase 2 anos, a casa de uma Senhora chamada D. Georgina Ramos. E a Dra.
Dina era uma garotinha, naquela época, de 14 anos. Foi a primeira gauchinha que
conheci, desci do bonde e fui-me hospedar na sua casa, e o marido dela está
presente aqui, assentado na nossa colenda mesa. Há pouco tempo, voltei à Bahia,
onde morreram os meus pais. Estive em Maceió, onde há o Ginásio com o seu nome.
Mas, quando eu desci em Salvador, a primeira coisa que fiz, à noite, foi ligar
para a Federação Espírita, que meu pai foi um dos fundadores da Federação
Espírita de Salvador, para falar com o Sr. Presidente. Quando eu disse o meu
nome e que morava no Rio Grande do Sul, era gaúcho honorário, ele se dirigiu a
mim com palavras encomiosas e dizendo: "gosto muito do Rio Grande do Sul,
um dia irei visitar o Rio Grande do Sul e beber um chimarrão contigo". Eu
disse: "Sou filho do Dr. Zanelli Caldas". Ele parou por alguns
minutos, e pensei até que o telefone tivesse sido desligado. Ele, com voz
opressa, "filho de quem, o Sr. Disse?" "Filho do Dr. Zanelli
Caldas". "Mas do Zanelli, velho Zanelli, o nosso Zanelli?"
Disse: "sim, o filho mais velho". "Mas que coisa maravilhosa,
que beleza para nós, ouvi-lo; onde o Sr. está?" Eu disse o endereço. Ele
disse: "vamos fazer o seguinte: amanhã de manhã o Sr. vai vir aqui, às 10
horas, na Federação; quero conhecê-lo pessoalmente." E, no dia seguinte,
pela manha, às 10 horas, lá estava, com minha esposa, no sodalício; fui
recepcionado pela Diretoria da Federação Espírita do Instituto Kardesista da
Bahia. E o Presidente dísse: "Moab, eu estou entendendo uma singularidade.
Ocorre que há pouco tempo atrás a nossa Diretoria tomou posse e foi no ato
orador oficial Divaldo Pereira Franco. E quando ele estava perorando, falando,
com aquela verbosidade que lhe é peculiar, de repente, ele parou e disse assim:
"está subindo as escadarias um dos vultos eméritos do passado, o Dr.
Zanelli Caldas, que ele não conhecera, nem de fotografia, senão de nome e
tradição. Todos ficaram emocionados porque a velha guarda se lembrou, nome muito
referido na área nordestina. "Esta subindo o Dr. Zanelli Caldas. Sinto que
é ele, com a roupa escura, gravata de seda encorpada, um brilhante na gravata,
um brilhante no dedo mínimo e segurando um chapéu de palhinha, sorrindo."
Então, o Presidente explicou para a nova geração quem era o Zanelli Caldas. E o
Divaldo explicou, colaborando, que ele não conhecera pessoalmente senão através
de livros. E o Presidente esclareceu mais: "Nós, naquele momento ficamos
cheios de entusiasmo, e julgamos que a presença do teu pai fora para confirmar
a nossa Diretoria, para lhe dar força para homologar o ato que estava ali
concretado." E continuou: "Mas, quando, ontem à noite, tu explicaste,
te identificando filho do Zanelli, é que eu compreendi que na verdade ele
estava anunciando a tua presença à nossa casa." E, naquele momento, um
velhinho, baixinho, de cor, pediu a palavra, perceptou a oratória do
Presidente, e disse: "Estou profundamente emocionado porque sou uma
testemunha viva dos tempos em que o Zanelli falava dessa tribuna. Ele trazia
sempre, pelas mãos, um gurizinho, magrinho, subindo com ele as escadas e o
colocando aqui, ao seu lado, na mesa de honra, para que ouvisse as suas
palavras, e sempre dizia que ele seria o seu continuador. E hoje estaá
confirmada a tradição que o Zanelli anunciou; essa visita, se materializando, e
agora, quem está na mesa de honra é o filho do Zanelli, reconhecidamente um
espírito operacional, inclusive com novas metodologias para dar continuação à
obra do pai, que se tornou, destarte, imortal."
Em 32, o papai falecia, em Salvador;
em 33, a mamãe. Seis filhos menores, que foram dispersos pelo mundo. Momentos
antes de desencarnar - questão de 4 horas, no máximo - nos chamou a todos, nos
abençoou e disse que ia desencarnar, e que avisássemos à Federação, porque ele
ia partir. Disse com tranquilidade, porque nós vivíamos num ambiente de alta
pureza, de grande identificação ainda à moda da família antiga e a base
fundamental sempre foi o amor e, às 3 horas da madrugada, realmente, desencarnou
com a presença da Federação, simplesmente com o sorriso do desprendimento e
antes um pouquinho, beijando a mamãe, apertando a mão de cada um de nós, me
botou a mão na cabeça e disse: meu filho eu te peço uma coisa que nunca tenhas
medo de nada e que continues trabalhando pela nossa causa, pela causa do
evangelho de nosso Senhor, não temas nada, continues trabalhando pela nossa
doutrina, eu confio em ti, vais continuar a minha obra. E eu jurei que iria
continuar, trabalho e labor da terceira revelação. E tudo que eu tenho feito na
vida é isto, procurando viver uma vida digna, honesta, mas dar o testemunho
ativo, operacional de que o homem pode ser transformado através do evangelho,
através da recepção, porque primeiramente ele é animal, ele é instintivo, depois
atua na área do raciocínio. Há uma diferença profunda entre o homem biológico,
fisiológico e o homem racional. Depois ele ultrapassa o racional, para se
tornar intuitivo e após, quando a pessoa ultrapassa a barreira do racional, ele
não pode ser mais nem elitista, nem sectarista, porque compreende que a
humanidade é uma só e cada um de nós é ativado, reativado nas dimensões
correspondentes. A religião universal é o amor com ou sem metodologia, com ou
sem rito, porque o importante é que ele sinta no coração, no seu interior,
partindo do seu "chragas" a amplidão do infinito. O papai escreveu 5
livros e um deles se intitula Luz Sobre Roma e o prefacio está gravado assim: A
minha mãe de quem recebi os primeiros exemplos e ensinos de amor à verdade e
aos meus filhos para que lhe sirva de exemplo, consoante a sabedoria pura que
se cristaliza no espiritismo. Eu não publiquei ainda nenhum livro, os meus
trabalhos redigidos, impressos, Diário de Noticias, antigo Correio do Povo, em
vários jornais, especialmente na Zero Hora, agregados dão 25 volumes de mais de
500 folhas cada um.
Mas o importante não são as palavras
grafadas, nem tampouco as palavras faladas, o que vale é o exemplo. "Paradigmo" o meu pai,
dizendo que o exemplo da minha vida sirva para os meus filhos que estão aqui
presentes, que poderão dizer quando eu partir da terra: meu pai foi um homem
pobre, mas foi um homem digno, a sua vida foi dedicada à humanidade, um homem
de princípios, que nunca se omitiu, nunca se acobertou, nunca teve medo. Assim,
tenho certeza, eles irão transmitir este exemplo para os seus filhos, também, e
assim sucessivamente, formando uma geração de pessoas livres, de bons costumes,
que possam contribuir para que a nossa sociedade seja melhor. Porque os
problemas que se abatem sobre a nossa sociedade, especialmente os campos de
miséria, não são provação divina, são falta de orientação administrativa, mais
do que isto, de seriedade, porque, quando os governos se instalam e, sem
corrupção, trabalham com dignidade, sem subversões, sem badernas, com
disciplina, o panorama da miséria desaparece. (Palmas.)
Tanto que a questão não é tanto de
siglas, a questão é de vergonha. Muitas coisas que estão ocorrendo por aí é
falta de vergonha. (Palmas.)
Quando fui cassado, pertencia a uma
sigla, foi um golpe que recebi na minha vida, material, apenas, que não me
abateu, a não ser naquele instante. Pois um homem de oposição, um homem de
oposição à minha sigla, um homem do governo, e digo agora publicamente, Coronel
Pedro Américo Leal, escreveu um documento para o Presidente Médici, protestando
contra a minha cassação, quer dizer, era oposição, mas colocou acima do
partido, porque ele tem nobreza de coração. Evidentemente que eu não vou falar
a meu respeito, mas devo dizer com toda sinceridade que não me tornei um
revoltado. E não foi apenas pela minha formação espiritual que eu não fiquei
revoltado, foi porque eu recebi muitos auxílios, muitos socorros. E, num
determinado momento da minha vida, por sinal perigoso, porque eu era magrinho,
não tinha a cabeça branca, tinha um papo fino, metido a galã, naquele momento,
eu podia ter me perturbado, porque tinha feito um concurso na Justiça, estava
ganhando bem, tinha comprado o meu primeiro carro. E eu, nordestino, gostando
de um rabo de saia, olhava para as mulheres com um olhar cobiçoso, podia ter me
afundado, porque a mulher, ou coloca o homem no paraíso ou no inferno. Mas,
naquele momento, uma moça bonita, que fora rainha de Pelotas, se apiedou de
mim, olhou para mim e estendeu sua mão - a minha esposa. E essa pessoa é o meu
apoio, o meu ponto de equilíbrio.
Sinto-me imensamente feliz, porque já
sou desta terra, eu ouvia falar, lá no Nordeste, do Rio Grande, como se fosse
uma miragem. Eu aprendera lá, por exemplo, que certa ocasião houve um movimento
de rebelião contra o Governo Central, chefiado por homens livres, dignos e de
bons costumes, o Comandante das tropas se chamou: General Bento Gonçalves. Eu
ouvira o nome histórico deste personagem e visitei o Forte São Marcelo, em
Salvador, onde ele esteve aprisionado. Depois eu estive nas suas praias, no seu
interior tão bonito, que vou rever agora, porque uma filha minha mora em
Florianópolis. Me diziam, desde aquele instante, quando ele fugiu do Forte São
Marcelo, foi trazido numa embarcação de portugueses, escondido atrás de um saco
de farinha, porque ele pertencia a uma comunidade secreta, comunidade secreta
universal que o raptou, colocando em terra e liberdade. Pois ele veio com roupa
esfarrapada, chegou em Santa Catarina e parou e pediu pousada em uma fazenda. A
dona da fazenda então explicou: meu marido foi para a guerra e morreu, os meus
filhos foram para a guerra e morreram. Eu sou apenas cuidada por meu neto e por
alguns empregados. E, quando o sol rebrilhou no horizonte na manhã seguinte,
ele olhou para o pasto e viu um cavalo bonito e disse: que cavalo lindo! Eu
gostaria que a senhora me vendesse ou me emprestasse esse cavalo, para que com
ele conseguisse chegar novamente à terra gloriosa do Rio Grande. E a mulher
disse: pois é, eu gostei muito do Senhor, achei o Senhor muito simpático do
tipo que me impressionou, mas, meu Senhor, eu não posso - ela não falava assim.
Falava com voz de mulher e com voz cantada do povo de Santa Catarina - pois é
uma promessa que eu fiz. Eu tinha até vontade de lhe emprestar o cavalo, mas eu
jurei que esse cavalo eu só emprestaria e até daria mesmo ao General Bento
Gonçalves. Então, ele se identificou: pois o General Bento Gonçalves sou eu.
Ela começou a chorar e lhe entregou o Pingo e, com ele, ele entrou novamente
nas terras pampianas de grande tradição. Estas coisas eu ouvia falar desde
menino. Quis a mão do destino me conduzir aqui para o Rio Grande. Grande em
tudo: na riqueza material e na riqueza espiritual. O Guatimozim disse muito bem
sobre o Rio Grande no seu prelúdio. É uma terra maravilhosa, dá tudo aqui. Se
alguns casos ocorrem, espaçadamente, que não servem como marcação, mas, na
verdade, o exemplo do gaúcho serve, não apenas à nacionalidade, senão à
internacionalidade, porque acredito, de todo o coração, que está se formando
nos quadrantes da nossa terra uma nova civilização, a civilização do terceiro
milênio, a civilização do Aquário, e o Rio Grande está centrado nessa
civilização, não apenas pela colocação do trópico, senão pelo vértice, pelo
feixe que passa de Quéops por aqui, mas pela alma libertária deste povo de
tradições incomensuráveis! Quando menino, mocinho, com 17 anos, eu era
convidado a sentar praça na Brigada Militar do Estado, onde fui Sargento;
depois dei baixa e fui trabalhar no Tribunal de Justiça, etc. Quando eu era
mocinho, com 18 anos, participei da fundação de um Centro Espírita em Porto
Alegre, o Ateneu Espiríta Cruzeiro do Sul. Escrevia no jornal Reencarnação, na
Federação Espírita com o pseudônimo do meu pai, e quando comecei a freqüentar, propriamente,
o Ateneu Espírita Cruzeiro do Sul, constatei que era um Centro da grã-finagem,
dirigido pelo inesquecível Inácio Cerqueira Leite, sendo visitado, também, pelo
irmão Simões de Matos. E todo o mundo me olhava com estranheza: "este
soldado da Brigada aqui neste meio, neste ambiente!..." E uma mulher rica,
bonita, aloirada, se aproximou de mim e disse: "Olha, eu gostei muito da
tua cara, da tua vozinha de baiano. Vai almoçar comigo amanhã, na minha casa,
quero conversar contigo." Eu fiquei constrangido, mas como eu causara
impacto no ambiente por ser soldado - era um ambiente de grã-finagem - ela fora
designada, por várias pessoas, para fazer uma investigação a respeito da minha
vida, e eu fui almoçar na casa dela. Ela me quis bem e se tornou minha mãe, e
sabem o que aconteceu? Hoje, passados tantos anos, a filha dela é minha irmã, a
Dra. Angélica, que está presente aqui, com o Cel. Jairo do Exército, seu
esposo. Então, essas coisas marcam a nossa alma e tornam indeléveis esses fatos
inamovíveis, que nos projetam para o futuro. Enfim, eu comecei dizendo que este
era um dia de festa para mim, para minha alma, para meu coração, para minha
vida. Não desejo falar mais sobre traços autobiográficos, porque não fica bem.
Mas saibam os irmãos de uma coisa: enquanto eu viver, eu serei o que fui e o
que sou, quer dizer, a bandeira espiritual eu não a baixarei jamais. Gritarei:
“Lê jour de gloire est arrivé.” Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE:
Senhores e Senhoras, nós tínhamos a certeza de que seríamos brindados de uma
maneira gloriosa por este grande espiritualista, por este grande tribuno,
ex-Deputado Moab Caldas. Todo mundo já esperava por este momento e sabia do
quanto o Moab era capaz de nos dar, lá daquela tribuna. Aias, ele é daquelas
pessoas que, sem falar nada, consegue transmitir muito. Mas, quando ele coloca
para fora todo o seu cabedal de sabedoria, tudo aquilo que ele realmente sabe,
é magnífico. É, realmente, muito bom. Eu quero saudar, aqui, o Cel. Pedro
Américo Leal, que muito nos honra com a sua visita.
Quero, também, saudar o meu
companheiro, meu amigo, Ver. Cleom Guatimozim, que teve esta idéia brilhante,
de oferecer o Título ao nosso amigo Moab Caldas, um dos Títulos que fez com que
esta Casa se dignificasse com a presença do Moab, com a presença dos seus
amigos, e com o momento em que nós estamos vivendo.
Moab, há milênios atrás, um
filósofo, chamado Sócrates, revolucionava o mundo inteiro dizendo:
"Conheça-te a ti mesmo." E a revolução desta nova filosofia imposta
por Sócrates foi difícil de ser seguida, muito difícil, porque como é difícil
se conhecer, dar este mergulho no nosso interior e saber realmente quem nós
somos! Mas o Moab, com muita facilidade, com muita habilidade, consegue seguir
esta filosofia socrática e dá este mergulho no seu interior e conhece com
perfeição cada milímetro do seu ser. E, por conhecer muito bem a si mesmo, é
que ele pode fazer esta analise perfeita que ele sempre faz do mundo. E ele não
fica só na superfície, vai lá, realmente, na profundidade, vai buscar os
conhecimentos onde eles estiverem. E não é egoísta, não guarda estes
conhecimentos para ele. Ele faz com que todos nós possamos partilhar destes
conhecimentos. Eu digo a você, Moab, que a maior felicidade de todos nós - e eu
me incluo entre todas as pessoas, inclusive muitos que aqui não estão, a gente
conhece centenas, milhares de amigos que gostariam de estar aqui e que,
impedidos por algum motivo pessoal, não puderam estar presentes - a maior
felicidade nossa é podermos ser seu amigo, é podermos beber um pouquinho nesta
fonte de sabedoria que é Moab Caldas. Esta Casa se sente, hoje, numa
tarde-noite de gala, se sente honrada em ter oferecido aqui um Título que
representa tanto para a nossa sociedade, como é este título que foi votado aqui
na Câmara Municipal de Porto Alegre, de Cidadão de Porto Alegre, a este grande
cidadão, que é um cidadão do mundo inteiro, porque qualquer cidade do mundo
gostaria de homenageá-lo assim, o ex-Deputado, nosso grande amigo, Moab Caldas.
Um grande abraço, Moab, e que você continue sempre assim. (Palmas.)
Nada mais havendo a tratar,
damos por encerrados os trabalhos.
(Levanta-se a Sessão às 18h25min.)
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